19/09 - Depois de Bradesco e BB, Santander paga PLR nesta quarta-feira 20 e Itaú adianta na sexta dia 22

Noticias | 19/09/2017 às 15:24:43 | por Administrador

Assim como o salário de setembro, a PLR terá 1% de aumento real acima da inflação, resultado do acordo da campanha nacional de 2016 ao final de 31 dias de greve


(Atualizado dia 19, às 6h55)

Depois do Banco do Brasil, que fez o depósito no dia 31 de agosto, e do Bradesco, que pagou na sexta-feira 15 de setembro, nesta semana será a vez de Itaú, Santander e Safra efetuarem o pagamento da primeira parcela da PLR, que em todos os bancos terá um reajuste de 2,75% em relação ao ano passado, o que inclui o aumento real de 1% garantido na Campanha Nacional de 2016. O Santander fará na quarta-feira dia 20, o Itaú pagará na outra sexta-feira 22 (junto com o PCR) e o Safra no dia 25 de setembro.

Pela Convenção Coletiva dos Bancários assinada no ano passado após a greve de 31 dias, válida até 2018, o pagamento da PLR corresponde a 54% do salário mais o valor de R$ 1.346,15. A parcela adicional é de R$ 2.243,58.  A segunda parcela da PLR deve ser paga até março de 2018.

Além da PLR, o Itaú depositará também a PCR, que é de R$ 2.535,87. O PCR é pago para os bancários da holding, incluindo os financiários da Microinvest e Luizacred. A parcela de PCR dos financiários foi de R$ 2.576,09, um reajuste de 4,38%.

“A nossa Convenção Coletiva estabelece que os bancos devem depositar a PLR até o dia 30 de setembro, mas eles anteciparam atendendo reivindicação da Contraf-CUT, das federações e dos sindicatos”, diz Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

A Contraf-CUT também enviou ofício à direção da Caixa reivindicando a antecipação do pagamento da PLR.

O reajuste de 2,75% também já estará incorporado nos salários referentes ao mês de setembro, a serem pagos em outubro.

Aumento real

Os bancários conquistaram o aumento real de 1% depois de uma longa greve de 31 dias, em um acordo de dois anos. Além do reajuste, os bancários conseguiram o abono total dos 31 dias de paralisação, sem a necessidade de compensação ou desconto dos dias parados.

Desde 2004 os bancários iniciaram um processo de valorização e aumento real dos seus salários. Neste ano, o reajuste de 1% acima da inflação deve ser ainda mais valorizado não apenas pelo momento histórico do país, mas também por vir em um tempo de deflação.

Defesa do emprego

Outro avanço obtido com o acordo de 2016 foi a criação dos Centros de Realocação e Requalificação Profissional, previstos na cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Os bancos deverão criar estes centros para, ao invés de demitir funcionários, requalificá-los e realocá-los em outros postos de trabalho. O direito foi acrescentado na CCT da categoria nas negociações de 2016 e a redação da cláusula foi aprovada na última reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Uma das prioridades dos bancários deste ano é a defesa do emprego. O Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban uma proposta de Termo de Compromisso com 21 pontos para proteção de empregos, de direitos históricos e de delimitação dos atos nocivos que podem advir da nova Lei Trabalhista (Lei 13.467/2017) e da Lei de Terceirização (Lei 13.429/2017) e de outras que ainda tramitam no Congresso Nacional. A Fenaban vai discutir o termo com os bancos para dar a resposta à Contraf-CUT.

 
Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT