16/04 - Entidades sindicais reúnem com presidente do Banco da Amazônia na retomada de negociações

Noticias | 16/04/2018 às 10:26:26 | por Administrador

A primeira reunião de 2018 entre o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte e o Banco da Amazônia, realizada na tarde dessa quinta-feira (12), na matriz da empresa, em Belém, foi marcada pela presença do presidente interino da instituição, Valdecir Tosi.

Ele recebeu as lideranças de base em seu gabinete para tratar sobre a retomada das negociações permanentes em torno do PCCR, Plano de Saúde e do pagamento da PLR 2017, e ressaltou que instituição está de portas abertas para dialogar e negociar com as entidades as demandas da categoria e que as mesas permanentes serão retomadas na última semana de abril, com os temas PLR e PCCR.

PLR

O banco justificou a não antecipação da PLR em 2017 por não ter certeza se a instituição fecharia o exercício do ano com lucro. Porém, o Banco da Amazônia alcançou em lucro de R$ 64 milhões no ano passado, resultado considerado bem abaixo das expectativas da empresa.

Além disso, o banco também justificou que o não pagamento da PLR Social se deveu ao não atingimento de metas de fomento em algumas agências. Por conta disso, o banco destacou que fará revisão no seu plano de metas para 2018, no sentido de ampliar o lucro e fechar o exercício com a garantia de pagamento da PLR Social.

Por outro lado, as entidades sindicais reivindicaram que, independente do tamanho do lucro, existe a necessidade de que este seja repartido com os empregados do Banco da Amazônia, já que estes são responsáveis diretos pelos resultados da empresa.

“Por esse motivo precisamos retomar a mesa permanente de negociação em torno da PLR, para que possamos esgotar o assunto e garantir o pagamento desse direito dos bancários e bancárias do Banco da Amazônia”, afirmou o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

“Para além da observação técnica, também deve ser observado o lado do trabalhador, que se dedica para que o banco alcance seus resultados, ou seja, independente do tamanho do lucro é necessário compartilhar com todos os trabalhadores e trabalhadoras”, destacou a diretora de políticas sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

PCCR

O banco argumentou na reunião que a viabilização do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração junto ao Ministério da Fazenda e à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), dependia de um reordenamento estrutural no Banco da Amazônia, o que resultou em medidas de enxugamento de quadro e de funções.

A partir do novo modelo de gestões de pessoas o Banco da Amazônia elaborou uma proposta de atualização de PCCR de seus empregados e submeteu para avaliação do Ministério da Fazenda, que considerou a mesma como positiva, pois apesar do custo acima da média dos PCCR’s das demais empresas estatais, há na proposta uma visão de mercado e de retorno financeiro para o banco. O banco trabalha nos bastidores do Ministério da Fazenda para repassar a proposta para apreciação da SEST, o que pode ocorrer ainda no mês de maio.

Após esse trâmite com as reguladoras a proposta será apresentada para negociação com as entidades sindicais, mas o banco adiantou que o Quadro de Apoio segue sem contemplação por esbarrar em prerrogativas jurídicas, tendo em vista a extinção do segmento.

“O Quadro de Apoio é o nosso grande dilema frente ao novo PCCR do Banco da Amazônia. Não podemos desprezar esses colegas que estão estagnados dentro do banco há mais de 20 anos. Queremos na mesa de negociação encontrar alguma forma de reparar os prejuízos acumulados por esses colegas ao longo desses anos, com correção dos salários e promoções dentro da tabela e possibilidade de concorrer a cargos comissionados”, argumenta o diretor da Fetec-CUT Centro Norte e membro do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Plano de saúde

O Banco da Amazônia afirmou que estuda alternativas de plano de saúde aos empregados do Banco da Amazônia para além da CASF, tendo em vista problemas de gestão, já que esta encontrasse sob intervenção fiscal, e com uma rede de atendimento muito pequena aos seus participantes, o que compromete a eficiência do plano. O banco afirma que pretende credenciar planos de saúde com valores mais baratos a seus empregados, inclusive com paridade de custeio e sem carência de adesão.

“Essa medida que o Banco da Amazônia pretende adotar para o Plano de Saúde dos empregados certamente trará mais impacto financeiro à CASF, para a qual o banco não aceita discutir retomada de patrocínio. Precisamos que o banco apresente uma proposta concreta em mesa de negociação permanente para que possamos avaliar junto com a categoria qual será a melhor saída para empregados e empregadas da instituição”.

Os empregados e empregadas do Banco da Amazônia foram representados na reunião pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos; pela diretora de políticas sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim; pelo diretor da Fetec-CUT Centro Norte e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade; pela diretora do Sindicato e também empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia e pelo assessor jurídico do Sindicato, Fernando Galiza. Pelo banco, além do presidente, estavam o diretor Luiz Otávio Maciel, a gerente de pessoal Bruna Paraense e o coordenado de negociações Francisco Moura.

Fonte: Bancários PA / Fetec-CUT/CN