Na avaliação da Fenae, que recebe constantes relatos de participantes com dificuldades em relação ao equacionamento, alguns grupos acabam sendo mais atingidos devido ao perfil de despesas que possuem, em especial com questões relacionadas à saúde, como remédios de uso contínuo, além de muitas vezes acumularem custos como empréstimos, entre outros. Por isso a necessidade de alternativas.
Atualmente, no Saldado e Não Saldado existem cerca de 33 mil aposentados. No entanto, a Funcef não disponibiliza informações que permitam identificar a distribuição de ativos e aposentados por faixa etária.
“Temos visto muitos casos de participantes de mais idade em situação crítica, tendo 20% dos rendimentos consumidos pelo equacionamento. A Funcef precisa dar a essas pessoas condições condizentes com a necessidade delas”, afirma a diretora de Saúde e Previdência da Fenae.
Carência no Credplan
A Federação cobra da Funcef opções sustentáveis e viáveis que possam auxiliar os participantes em condições mais vulneráveis sem que tais soluções comprometam o equilíbrio dos planos. Nesse sentido, outra sugestão é a adoção de um prazo de carência para a linha de crédito oferecida pela Funcef.
A análise técnica elaborada pela Fenae e apresentada à Funcef em março deste ano mostra que é possível conceder aos participantes questão pagando equacionamento, independentemente da faixa etária, um empréstimo com um prazo especial durante o qual as parcelas seriam compostas apenas pela amortização de juros. Desse modo, durante os primeiros 24 meses, os participantes pagariam 40% do valor original da parcela, preservando sua margem consignável e evitando sucessivos refinanciamentos.
Desta vez, a Fenae questiona a Funcef sobre a viabilidade da adoção de soluções como essa especificamente para o público acima de 80 anos. Pelas regras atuais do Credplan, o participante pode solicitar carência de quatro meses desde que já tenha quitado 12 parcelas consecutivas e possua margem consignável.
Fonte: Fenae / Fetec-CUT/CN